Paraná confirma 113 novos casos e mais três óbitos de H3N2
Paraná
Publicado em 06/01/2022

Paraná confirma 113 novos casos de H3N2 e mais três óbitos.
Foto: Geraldo Bubniak/AEN

 

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou mais três óbitos e 113 novos casos de H3N2 nesta quarta-feira (5). Agora, o Paraná soma 375 casos e quatro mortes pela doença, que é considerada um tipo do vírus Influenza A (H3).

Os novos óbitos foram registrados nos municípios de Mandaguaçu (1) e Paranaguá (2) – um homem de 64 anos e duas mulheres de 77 e 79 anos, respectivamente. Os pacientes estavam internados, possuíam comorbidades e não tomaram a vacina contra a Influenza no ano passado.

No Estado, a transmissão da doença já é considerada comunitária – quando o contágio entre pessoas ocorre no mesmo território, entre indivíduos sem histórico de viagem e sem que seja possível definir a origem da transmissão.

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, alertou sobre as medidas para evitar a contaminação. “Precisamos continuar nos cuidando com o uso de máscaras, álcool em gel e lavagem das mãos. Os casos têm aumentado consideravelmente todos os dias, acendendo um alerta para evitar uma possível epidemia de H3N2 no Paraná”, disse.

MEDICAMENTOS – A Sesa, de maneira preventiva e considerando o aumento no número de casos, enviou mais de 380 mil unidades do fosfato de oseltamivir (Tamiflu) para as Regionais de Saúde, reabastecendo o estoque de todos os municípios do Estado.

Em até 48 horas após a infecção pelo vírus da Influenza, o medicamento possui efetividade contra o agravamento do quadro clínico, diminuindo o risco de morte, quando receitado por um médico e em dosagem apropriada.

Desde 2009, quando o mundo viveu uma pandemia da gripe A (H1N1), o tratamento dos pacientes é realizado com o oseltamivir, que ajuda a diminuir a ação do vírus da gripe no organismo. Diferente de outros antigripais, o medicamento é um antiviral e, além de tratar os sintomas, também combate o próprio vírus causador da Influenza.

O Tamiflu foi aprovado para uso pela primeira vez nos Estados Unidos, em 1999, e faz parte da lista de medicamentos essenciais da Organização Mundial de Saúde (OMS).

VACINAÇÃO – Todos os anos o Ministério da Saúde envia vacinas contra a Influenza para os estados na Campanha Nacional de Imunização Contra a Gripe. Em 2021, o Paraná recebeu e distribuiu 5.165.200 doses do imunizante aos 399 municípios.

Segundo os dados do Localiza SUS, administrado pelo governo federal, 3.959.452 doses foram aplicadas dentro desta campanha, atingindo 76,6% do total de doses enviadas. Considerando a estimativa de população-alvo do Ministério da Saúde (4,4 milhões de paranaenses), que incluiu somente os grupos prioritários, o Estado tem cerca de 70% de cobertura vacinal, com 2,1 milhões de doses aplicadas.

“Ainda temos vacina contra a gripe em muitos municípios e eu quero convocar as pessoas que ainda não se imunizaram. Mesmo que seja a vacina do inverno passado, possui uma validade muito importante. Por isso contamos com a população para continuar com nosso combate também contra a Influenza”, afirmou Beto Preto.

PANORAMA – Os dados divulgados pela Sesa nos últimos dias são extraídos do Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), alimentado pelos laboratórios de todo o Estado, tanto do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto da iniciativa privada.

Já as informações do boletim da Influenza e demais vírus respiratórios no Paraná, publicados no site da Secretaria, são levantadas através da Vigilância Sentinela de Síndrome Gripal (SG) e da Vigilância Universal dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) hospitalizados, e os óbitos por meio do sistema de informação oficial de notificações por SRAG, SIVEP Gripe.

A Vigilância Sentinela de SG é composta por uma rede de 34 serviços de saúde para atendimento, que estão distribuídos em 22 Regionais de Saúde e 28 municípios no Estado. A Vigilância Universal de SRAG monitora os casos hospitalizados e óbitos. Ambas possuem o objetivo de identificar o comportamento dos vírus respiratórios, orientando os órgãos de saúde na tomada de decisão, frente à ocorrência de casos graves e surtos e auxiliando na escolha dos vírus que vão compor a próxima vacina da gripe a ser utilizada.

 

FONTE: AEN

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