Paraná anuncia expansão de área verde com novas Unidades de Conservação
Paraná
Publicado em 19/04/2023

Os 100 dias do segundo mandato do governador Carlos Massa Ratinho Junior foram marcados, na área ambiental, por ações efetivas para conservação, preservação e manutenção da biodiversidade no Paraná, com foco especial para a expansão das áreas de preservação. O Governo do Estado confirmou em março a criação de quatro novas Unidades de Conservação (UCs). São áreas em Reserva do Iguaçu, Bituruna, Araucária e Guaratuba que se juntarão a outras 70 UC’s espalhadas pelo Estado.

A ação integra um pacote de medidas que busca atrair mais visitantes para esses complexos, aliando turismo e educação ambiental como forma de conscientizar a população.

Também nesses pouco mais de três meses de gestão, Ratinho Junior entregou veículos e equipamentos para reforçar a atuação de servidores em Unidades de Conservação; anunciou a reabertura ao público do Salto São Francisco, entre Guarapuava, Prudentópolis e Turvo; e ampliou o projeto Poliniza Paraná, com a instalação de novos meliponários (coleção de colmeias de abelhas nativas sem ferrão) em UC’s e parques urbanos de todo o Estado.

Além disso, confirmou a confecção de um livro com produção e edição do fotógrafo Zig Koch, especializado em meio ambiente. O material conta com apoio e suporte técnico do Instituto Água e Terra (IAT), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).As novas Unidades de Conservação, inclusive, já foram batizadas: Estação Ecológica Tia Chica, em Reserva do Iguaçu (Centro-Sul); Estação Ecológica Reserva de Bituruna, no município de mesmo nome (Sul); Área de Proteção Ambiental (APA) do Miringuava, em Araucária (Região Metropolitana de Curitiba); e o Refúgio da Vida Silvestre das Ilhas dos Guarás, em Guaratuba (Litoral).

As três primeiras têm origem em condicionantes de licenciamentos de empreendimentos hídricos da Sanepar e da Copel. Já o refúgio possui o objetivo de proteger os guarás, aves que deram o nome à Guaratuba, e que retornaram à baía depois de décadas sem serem avistadas na região. A área vai reforçar o turismo sustentável no Litoral paranaense.

As futuras UC’s possuirão, juntas, área de 5.393,24 hectares e se somam às cerca de 70 já existentes no Paraná. Além disso, destacou o diretor de Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto, o Estado está homologando a criação de outros nove complexos ambientais.

“Essas ações integram o projeto Parques Paraná, que fomenta desenvolvimento e atividade turística à visitação nas Unidades de Conservação, mas também opera melhorias e promove a qualificação da visitação com educação ambiental, impulsionando e utilizando o turismo como instrumento para conservação”, explicou.

A APA do Miringuava, por exemplo, será uma unidade de conservação de uso sustentável com o objetivo de proteger os mananciais responsáveis pelo abastecimento de água em Curitiba e Região. “Apesar de ter algumas restrições, serão permitidos vários usos por parte da população, como as atividades sustentáveis de agricultura, produção orgânica, por exemplo”, disse Andreguetto.As estações ecológicas localizadas em Bituruna e Reserva do Iguaçu não serão abertas para visitação por estarem em áreas de recuperação, com florestas de araucária, e estarão voltadas para a preservação desses ambientes. Serão permitidas nesses locais apenas as atividades de pesquisa e educação ambiental. 

SÃO FRANCISCO – Além do anúncio das novas unidades de conservação, o período ficou marcado também pela confirmação da reabertura à visitação do Salto do São Francisco após um ano interditado para passar por melhorias. A reforma garantiu maior comodidade e segurança para os visitantes que usam as trilhas internas.

Com 196 metros de altura, localizado entre Guarapuava, Prudentópolis e Turvo (Centro-sul), o salto é considerado um dos pontos naturais mais emblemáticos do Estado, a maior cachoeira do Sul do Brasil e a quinta do País em extensão.

ESTRUTURA – Para fortalecer o atendimento e o trabalho ofertados pelas Unidades de Conservação, o Governo do Estado destinou R$ 6 milhões para reestruturação dos complexos, com a aquisição de 23 novos veículos, equipamentos para manejo, notebooks e uniformes. Os recursos são oriundos de medidas compensatórias previstas na Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza.

Todo material foi encaminhado aos 16 escritórios regionais do IAT, a 46 Unidades de Conservação, além de atender também a demandas da Divisão de Unidades de Conservação e da Diretoria de Patrimônio Natural.

POLINIZA – Ao posar de flor em flor, as abelhas garantem aproximadamente 90% da polinização das espécies nativas do bioma da Mata Atlântica e 70% do total das plantas cultivadas e utilizadas na alimentação humana. Foi por isso que o Estado criou, há pouco mais de um ano, o projeto Poliniza Paraná, que instala colmeias de abelhas nativas sem ferrão em parques estaduais. A segunda fase da proposta chegou às Unidades de Conservação, como os Parques Estaduais Guartelá, em Tibagi, e Vila Velha, em Ponta Grossa, entre outros.

"Buscamos no IAT que as Unidades de Conservação sejam também alternativas econômicas e de geração de renda. Além disso, com a instalação das colmeias, permitimos que as abelhas façam o serviço ambiental de polinizar nossas florestas”, ressaltou o diretor-presidente do IAT, Everton Souza.

LIVRO – O contrato com a equipe do fotógrafo Zig Koch prevê a aquisição de 2 mil livros sobre as Unidades de Conservação do Estado – mil no idioma português, 500 em inglês e outros 500 em espanhol. Editado pela Brasilzão, o material será distribuído pela Diretoria do Patrimônio Natural do IAT a escolas do Estado. O prazo de produção é de até um ano e o investimento é de R$ 328 mil.

O fotógrafo explica que o projeto mostra a integração entre a natureza e cultura em todas as Unidades de Conservação do Paraná. “A ideia é tentar envolver o humano à conservação. É ter uma integração entre o ser humano com a natureza”, afirmou.

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