A Fomento Paraná está dando início a um trabalho de sensibilização de colaboradores para princípios e práticas da agenda da Organização das Nações Unidas (ONU) relativa a questões ambientais, sociais e de governança nas organizações — as chamadas iniciativas ESG, na sigla em inglês. O termo é usado para indicar que determinada organização adota práticas responsáveis e sustentáveis em seus negócios.
O primeiro evento de capacitação foi o “Fomento Paraná ESG – ODS” e envolveu diretores, assessores, gerentes e coordenadores da instituição. Um dos palestrantes foi o coordenador-geral da Superintendência de Desenvolvimento Econômico e Social do Paraná, Luís Paulo Mascarenhas, professor do doutorado em Desenvolvimento Comunitário da Universidade Estadual do Centro-Oeste – Unicentro, que falou sobre ações do Estado voltadas aos ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Segundo Mascarenhas, a Missão da Fomento Paraná é muito alinhada ao ODS 8 - Trabalho Decente e Crescimento Econômico. “O ODS 8 está ligado à promoção do desenvolvimento econômico sustentável, emprego pleno e trabalho descente. E a Fomento mostra, através dos seus números, que 92% da carteira de crédito está alinhada com as ODS”.
“Outras ações voltadas ao estímulo à mulher empreendedora, como o Banco da Mulher Paranaense, atendem ao ODS 5, que trata da igualdade de gênero. Então vemos um alinhamento bastante grande das ações da instituição e do Estado, o que é prioritário para a evolução e crescimento do Paraná”, completa.
A jornalista e consultora ESG Silvia Elmor falou sobre “ESG como alavanca para o desenvolvimento sustentável”. Segundo ela, embora o G esteja no final da sigla, para instituições públicas o G deve vir primeiro. “Investir em uma governança forte deve ser o primeiro passo, porque é a base para implementar ações de cunho social e ambiental”, explica.
Na avaliação dela, a Fomento Paraná tem presença significativa comparativamente a outras instituições financeiras, quando se trata de questões ESG. “É uma presença significativa principalmente quando se está falando da transformação de vidas, dos pequenos empresários, dos MEIs, por conta da questão do crédito”, defende.
“Na minha visão a Fomento está muito bem inserida nesse mercado e não perde para nenhum dos outros players do segmento. São até protagonistas em alguns dos tipos de crédito, como as linhas emergenciais para atender essas questões ambientais atuais”, finaliza Silvia.
De acordo com a ONU, atuar de acordo com padrões ESG contribui para ampliar a competitividade e “indica solidez, custos mais baixos, melhor reputação e maior resiliência em meio às incertezas e vulnerabilidades”. Segundo a organização, no Brasil, 83% das grandes empresas integram os ODS às estratégias, metas e resultados.
O Paraná foi escolhido estado-piloto para implantação dos ODS da agenda 2030 da ONU e hoje é considerado um dos mais sustentáveis do Brasil.
A Fomento Paraná é signatária da Agenda ODS desde 2019 e participou de um estudo da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), em parceria com a Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) e o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), que mostrou que 92% das operações da carteira de crédito da instituição contribuem efetivamente com os ODS da Agenda 2030 da ONU.
Na alocação de capital da instituição em operações de crédito públicas e privadas, a maior contribuição da Fomento Paraná para consecução dos ODS é relativa aos objetivos 9 - Indústria, Inovação e Infraestrutura; 11 - Cidades e Comunidades Sustentáveis; 8 - Trabalho Decente e Crescimento Econômico; e 1 - Erradicação da Pobreza.
A gestão através do ESG é uma forma de a instituição ter um ordenamento das ações voltadas à boa aplicação de sua Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática”, disse o diretor de Operações do Setor Público da Fomento Paraná, Mounir Chaowiche. Segundo ele, nos próximos meses serão feitas ações visando a sensibilização de todo o corpo funcional e implantadas ações internas e externas buscando o cumprimento dos objetivos dessa política