Ao menos 2.995 pessoas foram assassinadas no mês de julho deste ano no Brasil. O número, porém, é ainda maior, já que quatro estados não divulgam os dados.
O índice nacional de homicídios, ferramenta criada pelo G1, permite o acompanhamento dos dados de vítimas de crimes violentos mês a mês no país. Já são 29.980 vítimas registradas nos primeiros sete meses deste ano.
O número consolidado até agora contabiliza todos os homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, que, juntos, compõem os chamados crimes violentos letais e intencionais.
O mapa faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Desde o início do ano, jornalistas do G1 espalhados pelo país solicitam os dados via Lei de Acesso à Informação, seguindo o padrão metodológico utilizado pelo Fórum no Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
O objetivo é, além de antecipar os dados e possibilitar um diagnóstico em tempo real da violência, cobrar transparência por parte dos governos.
Transparência
Quatro estados (Bahia, Ceará, Paraná e Piauí), entretanto, dizem ainda não ter os dados referentes a julho. Veja a justificativa de cada um:
Bahia: A Secretaria da Segurança Pública informa que os dados de julho ainda estão sendo consolidados.
Ceará: Segundo a Secretaria da Segurança, não há ainda o detalhamento da estatística para o mês de julho.
Paraná: A Secretaria da Segurança Pública afirma que as informações solicitadas estão em fase final de homologação e devem ser divulgadas posteriormente.
Piauí: A Secretaria da Segurança Pública apenas informa o total das mortes do estado, sem fazer diferenciação entre os crimes, e afirma que o delegado responsável por fazer este detalhamento está de férias.
Página especial
Na página especial, é possível navegar por cada um dos estados e encontrar dois vídeos: um com uma análise de um especialista indicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e outro com um diagnóstico de um representante do governo.
Ambos respondem a duas perguntas:
Quem são os grupos/pessoas que mais matam no estado, por que eles matam e como isso mudou ao longo da última década?
O que fazer para mudar esse cenário?
Apenas 3 dos 27 governos estaduais não enviaram respostas às questões em vídeo: Bahia, Ceará e Rio de Janeiro. Juntos, eles respondem por mais de 1/4 das mortes violentas no ano passado.
FONTE: G1