Março e abril viram meses decisivos para as eleições municipais de 2020
Política
Publicado em 13/01/2020

O fim das coligações proporcionais e o prazo para filiações transformou os meses de março e abril em um período decisivo para as eleições municipais de 2020. É que pela nova legislação, os partidos terão que concorrer com chapas próprias para vereador e têm até 4 de abril para filiar os futuros candidatos ao legislativo. Como não poderão mais se unirem a outras legendas para disputar cadeiras nas câmaras, na prática isso significa que as siglas têm menos de três meses para atrair os pré-candidatos que vão disputá-las em outubro.

Além disso, de 5 de março ao dia 3 de abril será aberta a chamada “janela partidária”, quando os vereadores poderão mudar de partido sem correr o risco de perder o mandato. Isso deve fazer com que muitos parlamentares troquem de sigla, em busca de uma legenda em que tenham mais chance de conseguirem à reeleição.

“Atrelado ao prazo mínimo de filiação partidária, o fim das coligações na eleição proporcional deverá causar uma transformação na estrutura partidária brasileira, com a finalidade de fortalecimento das siglas mais estruturadas e que valorizam o trabalho prévio, como encontros, palestras, eventos formativos e processos seletivos entre os filiados para a obtenção de possíveis candidatos”, explica o cientista político Tiago Valenciano, doutor pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Segundo ele, o fim das coligações partidárias nas eleições para vereador será um fator primordial para a definição do cenário eleitoral como um todo.

Recorde - Valenciano lembra que sem o instituto da coligação, os partidos disputam sozinhos e contando apenas com seu próprio quadro de pré-candidatos, sabendo que podem contar somente com os nomes filiados até o fim de março. Quer dizer, mais do que a necessidade de observar o prazo mínimo de filiação de seis meses antes da eleição, é importante ter uma chapa de vereadores bem desenhada, fator fundamental para a disputa para prefeito. Uma boa equipe de pré-candidatos à vereança aumenta a probabilidade do sucesso do candidato à prefeitura, avalia ele.

Esses fatores reforçam a possibilidade de que as eleições deste ano tenham um número recorde de candidatos a prefeito. Isso porque partidos que não tiverem candidatos próprios às prefeituras tendem a ter dificuldades para atrair pré-candidatos competitivos a vereador. Os nomes mais fortes às cadeiras na câmaras tenderam a buscar legendas com candidatos à prefeito, pois o cabeça de chapa ajuda a dar visibilidade à chapa de candidatos a vereador e a garantir mais votos de legenda na disputa proporcional.

FONTE: BEM PARANA

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