AMOP mantém decisão por abertura gradual do comércio, mas marca nova reunião
Economia
Publicado em 30/03/2020

 

Em tempos de incertezas, as informações falsas- famosas fake news - ganham ainda mais força, por meio de aplicativos de mensagem.

A AMOP (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná), não ficou para atrás, quando o assunto é ser alvo de conteúdo mentiroso.

Na última sexta-feira (27) a Associação definiu por reabrir o comércio em 43 municípios do Oeste - Cascavel não está incluso - porém, fake news circulam nas redes sociais afirmando que os prefeitos teriam voltado atrás na decisão, o que de acordo com a diretoria, a informação é uma inverdade.

Durante reunião na tarde desta segunda-feira (30) novamente os prefeitos irão se reunir às 14h30 por videoconferência, para reavaliarem a decisão. Porém, a determinação de reabertura para quarta-feira (1º) do comércio, segue até o presente momento.

Para que a reabertura do comércio ocorra, as prefeituras devem respeitar uma série de recomendações para que o procedimento seja desencadeado de forma segura e respeite todos os protocolos de controle de fluxo de pessoas e higiene exigidos pelas autoridades sanitárias. Isso significa que devem ser respeitadas regras de distanciamento entre pessoas, evitar qualquer tipo de aglomeração de público, manter produtos de higienização, como álcool gel, ao alcance de todos, a ventilação adequada nos ambientes e o controle do fluxo de pessoas, entre outras medidas.

Outra recomendação da Amop é manter as aulas suspensas e incentivar para que o público-alvo composto pelos grupos de risco suscetíveis ao novo coronavírus, como idosos, portadores de comorbidades, hipertensos, diabéticos, cardiopatas e outras enfermidades, permaneçam em suas casas.

Atendendo recomendações do MP (Ministério Público) encaminhadas a alguns prefeitos e prefeitas, o prefeito de Jesuítas e presidente da Amop, Junior Weiller, explica que a liberação deve ser coordenada, com os devidos cuidados e recomendações, pois se trata da preservação da vida. "É preciso que cada município elabore um plano de contingenciamento específico, que visa à apresentação clara de responsabilidades e precauções sanitárias que cada empreendedor precisa a adotar. Não é hora de agir no impulso. Estamos agindo com racionalidade. São duas finalidades essenciais: a preservação da saúde e a retomada das atividades econômicas, com prevenção e responsabilidade". Mesmo retomando as atividades econômicas com diretrizes de prevenção à saúde, Junior lembra que há uma corresponsabilidade de todos, especialmente em relação à manutenção do isolamento dos grupos de risco e também dos casos suspeitos e em tratamento. As prefeituras do Oeste devem respeitar as orientações do setor de vigilância de saúde, como a necessidade de prazo para elaboração de plano de contingência para atividades não essenciais, destaca.

A manutenção dos serviços públicos depende de receita que entra no caixa da prefeitura, resultante do faturamento das empresas. Uma coisa está ligada à outra. É preciso serenidade neste momento. Sem produção não há receita, e sem receita poderá haver um apagão de todos os serviços públicos, inclusive a saúde, diz o presidente da Amop. Segundo Junior, a situação é mais grave do que parece. Segundo projeções do repasse de FPM (Fundo de Participação dos Municípios, principal fonte de arrecadação da maioria das prefeituras, especialmente as de pequeno e médio portes, houve queda de 20% neste período de pandemia. Não podemos comprometer a estabilidade econômica, que garante a manutenção de todos os serviços públicos, inclusive a existência humana.

FONTE: Redação Catve.com

Comentários