O Dia Nacional de Conservação de Solo é comemorado neste dia 15 de abril. E os produtores brasileiros têm muito a ver com esta data.
Tudo era bem diferente na região de Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná) e em muitas outras do país, no final da década de 1960 e no início dos anos 70. Foi um período marcado pela abertura das primeiras áreas de terras agricultáveis com a implantação de lavouras de trigo e depois da soja, e do trabalho da assistência técnica para conscientizar, orientar e introduzir as práticas conservacionistas com o objetivo de evitar a erosão, que fazia parte do cenário agrícola da época.
Com a visão de futuro foi desenvolvido um trabalho desencadeado pelos técnicos com a forte preocupação na conservação de solos e da qualidade do meio ambiente produtivo rural. Os produtores acreditavam chegar ao fim a caminhada desenfreada da erosão em terras brasileiras e pouco a pouco foram tomando consciência da responsabilidade e da importância da conservação de solos.
A difusão tecnológica provocou a evolução das práticas de conservação, com a calagem, o plantio direto e a rotação de culturas que resultaram na melhoria da estrutura física, incorporação de matéria orgânica e combate doenças e pragas, e a adubação corretiva.
Revolução - A região de Campo Mourão foi a segunda no pais a implantar a tecnologia do plantio direto na safra 1973/74. “O plantio direto foi uma das melhores práticas que aconteceu na nossa agricultura. É um sistema com grandes benefícios, foi uma realidade e tecnologia que mudou não só a região de Campo Mourão, mas que promoveu uma revolução na agricultura. Atualmente esse sistema é praticado em 100% das áreas agricultáveis dos cooperados da Coamo, podemos dizer que saímos das terras lavadas para uma das mais produtivas do Brasil”, comemora o agricultor, engenheiro agrônomo e cooperado da Coamo, Ricardo Accioly Calderari - um dos pioneiros na implantação há 47 anos do sistema Plantio Direto na região, ao lado dos agricultores Joaquim Peres Montans, Antonio Álvaro Massaretto, Gabriel Borsato e Henrique Gustavo Salonski.
Alta produção - O engenheiro agrônomo e presidente do Conselho de Administração da Coamo, José Aroldo Gallassini lembra a evolução agrícola na região. “Das curvas de nível, dos murundus e base larga, e da erosão, na época, passamos a ser referência no país pelo trabalho concentrado de esforços e parceria entre técnicos e agricultores com práticas conservacionistas que resultaram em altas produtividades”, considera o engenheiro agrônomo e presidente do Conselho de Administração da Coamo, José Aroldo Gallassini.
Futuro - O que se observa nos tempos atuais é um compromisso dos produtores, seja os mais experientes ou os mais novos que estão na atividade há poucos anos ajudando ou sucedendo o trabalho dos seus pais e familiares. “É importante destacar que fazer a conservação de solos é um compromisso com o futuro da agricultura”, afirma Gallassini, lembrando que nos seus 50 anos de história, a Coamo implantou vários programas que contribuíram para a melhoria do solo e a colheitas de altas produtividades, como o Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas e atua na difusão e conscientização dos cooperados quanto a importância do equilíbrio químico e as características físicas do solo.
Monumento - Em alusão a conservação de solos, foi edificado um monumento na Praça do Fórum (Bento Munhoz da Rocha Neto) em Campo Mourão, em setembro de 1976 no lançamento do Plano Nacional de Conservação de Solos (PNCS), que reuniu lideranças, agricultores, o governador do Paraná Jayme Canet Júnior e o ministro da Agricultura, Alysson Paulinelli.
FONTE: ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO